segunda-feira, 25 de outubro de 2010

EM BUSCA DA FADA LUZ


Era uma vez, um tempo em que todo o tempo era noite e a noite era escura, muito escura. Sem estrelas, nem pirilampos e nem mesmo raios para iluminar a vida das criaturas. Então, certa vez, uma borboleta se cansou de tamanha escuridão e foi ter com uma velha e bem falada  fada moradora do Bosque Luz.

  Procurou pela árvore mais alta, de galhos mais alto, que é onde diziam morar tal fada. Bateu na grossa e quebradiça casca do grosso e velho tronco:

  - Ô de casa. Dona Fada Luz está?

Não ouvindo resposta alguma, continuou a chamar:

  - Ô de casa. Dona Fada Luz está?

  De um buraco oco, do galho mais alto, apresentou-se uma velha fada dizendo:

  - Não. Não está. Dona Fada Luz se foi para nunca mais voltar.

  - Mas se foi para onde? - perguntou a borboleta - Precisava tanto lhe falar!

   - Ora! Faz muito tempo que as criaturas da noite, aprisionaram a Fada Luz e desde então dia e noite se tornaram escuridão.

   - Mas aprisionou onde? Por quê?

  - Foi porque a luz de Fada Luz, feriu os olhos da escuridão e por isso a levaram para as terras mais distantes, a caverna mais profunda, no corredor mais estreito, fechado com a mais pesada das pedras.

  A borboleta, desanimada, voltava para casa quando se encontrou com o papagaio que lhe perguntou o que havia acontecido para ela estar tão triste:

  - Bem! É que me cansei de tanta escuridão, então resolvi procurar a Fada Luz e pedir para ela trazer de volta a luz do mundo, mas uma fada muito velha e acinzentada me disse que faz muito tempo, as criaturas da noite, aprisionaram a Fada Luz e desde então dia e noite se tornaram escuridão.

  - Mas por quê?

  - Foi porque a luz de Fada Luz, feriu os olhos da escuridão e por isso a levaram para as terras mais distantes, a caverna mais profunda, no corredor mais estreito, fechado com a mais pesada das pedras.

  - Ora! Então vamos nós salvar a Fada Luz.

  A borboleta gostou muito da ideia e os dois se puseram a caminho das terras mais distantes, onde havia a caverna mais profunda.

  No caminho encontraram o macaco que lhes perguntou onde estavam indo, assim tão determinados e a borboleta respondeu:

  - Bem! É que me cansei de tanta escuridão, então resolvi procurar a Fada Luz e pedir para ela trazer de volta a luz do mundo, mas uma fada muito velha e acinzentada me disse que faz muito tempo, as criaturas da noite, aprisionaram a Fada Luz e desde então dia e noite se tornaram escuridão.

  - Mas por quê?


  - Foi porque a luz de Fada Luz, feriu os olhos da escuridão e por isso a levaram para as terras mais distantes, a caverna mais profunda, no corredor mais estreito, fechado com a mais pesada das pedras.

  - Ora! Então vamos nós, salvar a Fada Luz.

  - Mais adiante, no meio de um amontoado de pedras, havia um lagarto que lhes perguntou onde estavam indo, assim tão determinados e a borboleta respondeu:

  - Bem! É que me cansei de tanta escuridão, então resolvi procurar a Fada Luz e pedir para ela trazer de volta a luz do mundo, mas uma fada muito velha e acinzentada me disse que faz muito tempo, as criaturas da noite, aprisionaram a Fada Luz e desde então dia e noite se tornaram escuridão.

  - Mas por quê?


  - Foi porque a luz de Fada Luz, feriu os olhos da escuridão e por isso a levaram para as terras mais distantes, a caverna mais profunda, no corredor mais estreito, fechado com a mais pesada das pedras.

  - Ora! Então vamos nós salvar a Fada Luz.

   Andaram, andaram e andaram por muito tempo, embora eu não saiba dizer se foram dias, pois dias e noites eram os mesmos sob tamanha escuridão, mas então chegaram às terras das criaturas da noite e logo foram cercados pelos soldados sombras que questionaram:

  - Onde vão seres das terras onde ainda restam cores? Por essas terras só podem passar seres negros, acinzentados e sombrios...

  - Pois se é assim, estou livre para ir e vir, já que sou todo acinzentado, vejam só.

  - Pode passar, mas apenas tu...

  - Pois olhe para mim. - bradou o macaco - Também tenho pelos escuros, então, deixe-me passar.

  - Pois então passe também, mas os outros, seres coloridos, não poderão atravessar por essas terras.

  O papagaio, dizendo-se ofendido, contestou:

  - Pois isso é uma ofensa, uma discriminação... Exijo falar com seu mestre.

  Os seres de sombra levaram o papagaio e a borboleta até a presença da escuridão. Bateram à porta e uma voz de trovão, tremida, respondeu:

  - Eeeentre...

  Entraram e o que viram não foi nada bonito... Escuridão estava estrada em seu leito, quase se transformando em fumaça. Não conseguindo, se quer, abrir os olhos para atender seu soldado:
  - Senhor... Senhor... Estes atrevidos seres coloridos invadiram a terra das sombras Senhor. O que faremos? Prendemos eles em uma caverna de túneis bem profundos, para não saírem mais, como a Fada Luz?

  A voz de trovão tremido soou outra vez:

  - Não, não... Esse não é erro que se repita... Aproximem-se seres coloridos...

  O papagaio e a borboleta se aproximaram e Escuridão continuou:

   - Ora eu! Por causa de minha ignorância, agora estou a me desfazer, já que não pode existir escuridão sem luz e como eu, logo,logo o mundo inteiro também se tornará fumaça, sem luz, nem escuridão... Se ao menos eu conseguisse libertar a Fada Luz e restaurar a luz do mundo...

   - Mas senhor escuridão... - o papagaio quis saber - Se quer mesmo libertar a Fada Luz, mande que seus soldados a libertem e pronto, ora!


  O papagaio, todo gabola:

  - Se o problema é esse, não se preocupe. Eu e meus amigos libertaremos a Fada Luz...

  Mesmo que duvidasse do sucesso na investida do grupo colorido, Escuridão ordenou aos seus soldados que não lhes impedisse e a borboleta, o papagaio, o macaco e o lagarto foram para as terras mais distantes, a caverna mais profunda, com o corredor mais estreito, fechado com a pedra mais pesada do mundo.

  Lá encontraram o gigante mais forte, que de maneira nenhuma deixou que se aproximassem da caverna, até que o macaco teve uma ideia.

  Tirou uma banana que trazia escondido e mandou que todos provocassem o gigante. Quando o grandalhão investiu contra eles, o macaco jogou a casca de banana no chão e o gigante, escorregando, bateu com toda a sua força em uma montanha, abrindo mais uma profunda caverna. O papagaio se aproveitou e foi se esconder em uma fresta da pedra mais pesada do mundo, enquanto a borboleta, o macaco e o lagarto, se escondiam do outro lado.

  O gigante, se recuperando, correu a ocupar seu lugar frente a pedra mais pesada do mundo, mas o papagaio começou a imitar as  vozes de todos os seus amigo, como se todos estivessem dentro da caverna mais profunda.

  O gigante ficou furioso. Como poderiam ter passado pela pedra mais pesada do mundo e por ele? Então ele arrastou a pedra e foi ver se todos estavam mesmo lá dentro.

  Aproveitando a procura distraída do gigante, o papagaio e os outros entraram a Fada Luz de lá e saíram de fininho.

  Já a uma certa distância, eles finalmente conseguiram respirar aliviados e a borboleta disse a Fada Luz:

  - Pronto! está livre. Agora você pode trazer de volta a luz do mundo?

  A fada Luz respondeu desanimada:

  - Não posso. Temendo que Escuridão destruísse a luz para sempre, eu a guardei dentro de uma concha, a prendi no casco de uma tartaruga e ordenei que nunca deixasse o mais profundo oceano...

  - Então temos de ir às terras às margens do mais profundo oceano.

  E eles seguiram viagem, mas chegando às terras às margens do mais profundo oceano, se depararam com um enorme problema... Alguém teria de descer às águas mais profundas e buscara pela tartaruga que trazia em seu casco, a concha com a luz dentro, mas quem iria?

  A borboleta logo falou:

  - Não posso... Se molho minhas asinhas, posso até morrer...

  O papagaio falou:

  - Não posso... Se molho os meus olhinhos, posso até me cegar...

  O macaco disse:

  - Não posso... Se molho minhas mãosinhas e meu rabo, como vou me pendurar...

  O lagarto Falou:

  - Pois então, irei eu!

  A Fada Luz conseguiu uma carona para ele. Chamou uma baleia e o lagarto entrou dentro de sua boca. 

  A baleia o levou às águas mais profundas, ele saiu, nadou um pouquinho, encontrou a tartaruga que levava a concha em seu casco, onde estava guardada a luz, voltou para a boca da baleia, que o trouxe de volta às terras às margens do mais profundo oceano.

  Fada Luz arrancou a concha do casco da tartaruga, abriu a concha e a luz voltou ao seu lugar no firmamento, iluminando novamente os dias e devolvendo as forças da Escuridão da noite.
 

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MARIA HELENA CRUZ

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