CONTOS DE NATAL

O PRESENTE DO PINHEIRINHO - conto clássico de Natal

 Quando o menino Jesus nasceu naquela manjedoura, seguindo a Estrela Guia, muitos quiseram presenteá-lo, dando-lhe o que cada um tinha de melhor. 
   
  
  Pois muito perto dessa manjedoura, haviam três árvores que também queriam presentear a criança, sendo elas uma palmeira, uma oliveira e um pinheiro.
  
  A palmeira disse:


  - Já sei o que darei ao menino Jesus! Lhe presentearei com a minha maior palma que servirá de abano para refrescar-lhe o calor...


  A oliveira interrompeu para dizer:


  - Pois também já sei o que darei ao menino! Espremerei minhas olivas e lhe farei um óleo puríssimo e delicado para massagear seus pés... Será um ótimo presente.



  - E eu, o que poderei dar ao menino?
  - Ora essa! Você? Você não tem nada a dar ao menino. - disseram as duas primeiras árvores -Seus espinhos só iriam ferir a delicada pele da criança...


  O pinheirinho ficou muito triste, pois sabia que as outras diziam a verdade, mas  ele queria muito dar um presente ao menino e se pôs a chorar.


   Os anjos viram a tristeza do pinheirinho e o seu desejo sincero e então ordenaram às estrelas que cobrissem o pinheirinho e elas obedeceram.


 O menino ficou muito feliz ao ver arvorezinha toda iluminada pelas estrelas. Até mesmo a estrela guia lhe emprestou sua luz, pousando no topo do pinheirinho.
  Assim, até hoje, enfeitamos o pinheirinho com luzes e brilho para a noite de Natal.


MARIA HELENA CRUZ
 
 
 
 
 
 

ERA UMA VEZ UM NATAL


Era uma vez um Natal...

Não havia neve, afinal, eu nunca havia vivido um único Natal com neve. Estava muito quente e como em todas as vésperas de Natal, eu e meus irmãos nos deitamos cedo. Sem colocar a estrela no topo da árvore que não tínhamos, ou espiar os presentes que não havia. Então apenas adormecemos...

Não sei se passou muito tempo desde a hora em que me deitei, só sei que acordei sentindo um friozinho gostoso. Me levantei para ir ao banheiro e de um buraco, bem pequenininho na telha de amianto, desceu uma pequena "flor" branca, de um bordado delicado. Pousou na palma de minha mão e depois sumiu e o frio aumentou um pouco mais, então não resisti. Virei a chave e abri a porta...

Nunca tive tamanha SURPRESA...

Estava nevando!!!

Meus irmãos, que também se levantaram sem que eu os visse, estavam atrás de mim, tão admirados quanto eu.

A neve já fazia montes pelo quintal e então ouvimos os sininhos e ao olhar para o céu, nos deparamos com uma visão ainda mais encantadora...

Frente a um rastro de estrelas, vimos o tão falado trenó, sendo guiados pelas renas de largos chifres, enquanto o velho Papai Noel segurava os arreios.

Ouvimos o seu "HO HO HO" e em seguida o "FELIZ NATAL".

Brincamos e gargalhamos sobre a neve por toda a noite, sem nos importar se os adultos da casa acordariam, até que despertamos na manhã seguinte, sentindo o mesmo calor de todos os natais.

Lá fora não havia neve, mas apenas uma chuva fina, incapaz de conter o calor de alto verão.

Mas enquanto tomávamos uma "caneca" de café com leite, papai desceu da casa do patrão trazendo uma sacola de presentes...

É!

Acho que Papai Noel passou, mesmo, por lá, naquela noite!


MARIA HELENA CRUZ

CONTO DE NATAL










A quase fada
Conta um conto de
Papai Noel

Os dias, no mundo dos humanos, custavam muito a passar, mas mergulhada em suas histórias, a Quase Fada até se divertia com todos os seus amiguinhos.

Certo dia, as crianças chegaram mais cedo e mais alvoroçadas que nunca. A Quase Fada quis saber o porquê e eles contaram, quase sem fôlego que as férias tinham chegado e  iam ficar um montão de dias sem ir à escola, brincando o dia todo e... Mais legal ainda!... Logo, logo chegaria o natal ...

Quando falou do natal um pequenininho olhou pensativo para a Quase Fada e perguntou:

- Quem é Papai Noel?

- Ah! Papai Noel é um grande amigo das fadas, que, assim como nós, gosta de ver as crianças felizes. Sabem? Um dia Nicolau, de passagem pelo Reino das Fadas, me contou como ele se tornou o Papai Noel...


“Ele disse que vivia  lá na Finlândia, há muitos anos atrás e  se chamava Nicolau.

Era um senhor muito sério e rabugento. Todas as crianças tinham medo de brincar perto de sua casa, pois diziam que se um brinquedo caísse em seu jardim, nunca mais voltava para as mãos de seus pequenos donos.

Nas noites de natal, Nicolau mal punha o nariz para fora, porém em certa ocasião, algo diferente aconteceu. Ele ouviu uma bola pular lá fora...

Quic... Quic... Quic...

E a bola quicava e quicava.

Nicolau ficou muito, muito incomodado, mas a bola continuava quicando.

De repente ele ouviu um quicado diferente.

O quicado se aproximou de sua janela.

A bola havia caído em seu jardim e agora seria sua propriedade. Nicolau correu para tomar a bola antes que a criança mal educada a pegasse de volta.

Quando chegou ao jardim, olhou tudo, mas não havia nenhuma bola. Também não havia nenhuma criança na rua. O que será que aconteceu?

Ele resolveu olhar um pouco as casas da vizinhança. Estavam todas enfeitadas com luzes, duendes, renas...
Nicolau também quis olhar para o céu. Estava nevando e ele gostou de sentir os flocos de neve tocar seu rosto e derreter. Fechou os olhos e os flocos continuavam a derreter tocando em sua pele.

Sem esperar, ele começou a sentir um calorzinho e resolveu abrir os olhos.

Entre os brancos flocos de neve, Nicolau viu que uma estrela descia do céu e vinha em sua direção.

Não acreditando no que via, esfregou os olhos, fechou bem apertado e quando voltou a abrir, viu que a estrela continuava descendo e se aproximando, se aproximando, se aproximando e foi parar lá dentro, bem no fundinho do coração de Nicolau, que sentiu aquele calorzinho gostoso no peito.

Depois daquele dia, Nicolau, que era carpinteiro, começou a fazer brinquedos e mais brinquedos de madeira.


Durante o ano ele até vendia alguns, mas  gostava mesmo é de quando chegava à noite de natal, então Nicolau pegava um montão de seus brinquedos, colocava todos em um saco, enchia o trenó e ia, junto com sua esposa, entregar os brinquedos nos orfanatos e nas casas de crianças pobres que haviam nas proximidades.

Certa noite de natal, quando Nicolau e a esposa, vinha de sua longa jornada para entregar seus brinquedos, houve uma terrível tempestade de neve. As renas que puxavam enfrentaram a tempestade bravamente, mas ao passar próximos a uma grande montanha coberta de neve, houve uma avalanche que os cobriu de neve.
Algo não deixou que a neve os esmagasse, formando uma caverna escura e gelada. Exaustas, as renas adormeceram. Nicolau aninhou a esposa em seu colo e logo os dois também dormiram. Tudo ficou tão escuro e tão calmo...

Vozes...vozes...vozes...

Nicolau começou a ouvir vozes, muitas vozes e abriu os olhos para ver de onde vinham.

A tempestade já havia passado e eles não estavam mais presos  na caverna de neve. Todos pareciam bem, mas ainda dormiam, e ele continuava ouvindo vozes, mas de onde?


Logo, os donos das tais vozes, chegaram bem perto de Nicolau e ele pode ver os pequenos homenzinhos vestidos de verde, que se aproximaram e gritaram em coro: “olá Papai Noel”.

Nicolau não entendeu, mas os homenzinhos trataram de acordar os outros e levaram todos para um lugar que se parecia com uma grande e colorida fábrica de brinquedo. Tudo era muito alegre, mas com a aparência de estar abandonado há muito tempo.

Os homenzinhos disseram que esperaram Papai Noel por muito, muito tempo, mas valeu a pena tamanha espera.

Nicolau não parava de repetir seu nome e dizia que não se chamava Papai Noel, então os homenzinhos lhe disseram que agora Nicolau havia sim, se tornado o Papai Noel e que viveria para sempre naquela fábrica de brinquedos, lá no pólo norte e que nas Noites de Natal entregaria presentes a todas as crianças boas do mundo todo.

Ele não acreditou. Imagine! Entregar presentes às crianças do mundo todo. Então os homenzinhos lhe contaram um segredo.

Na Noite de Natal iriam fazer parar o tempo e lhe apresentaram as renas que comiam uma ração mágica e depois voavam, carregando o trenó pelos céus.

Nicolau e a esposa, então, ficaram por lá e todas as Noites de Natal ele, Papai Noel, voa pelos céus entregando presentes para as crianças do mundo inteiro e desejando a todos...


Um feliz natal!”

Como sempre, todos gostaram muito da história e o pequenininho mais ainda.

Outra criança ainda complementou:

- Não podemos nos esquecer de deixar um copo de leite e um pratinho de biscoitos para o Papai Noel, não é?

- Tem razão. Papai Noel trabalha muito, a noite inteira e adora quando encontra um lanchinho para recuperar as forças.”
MARIA HELENA CRUZ
http://ayram-contosfadas.blogspot.com